Contos de Terror
05h10 da manhã. O telefone tocou! Alvoroço em casa, pensa-se logo o pior! Quem terá morrido? Quem terá tido um acidente? Ou seria alguma chamada urgente do trabalho? Ou alguma brincadeira de mau gosto por parte de quem tem insónias? Não, não era brincadeira. O telefonema era a sério.
Uma amiga nossa, de 15 anos de idade, de uma cidade vizinha, estava do outro lado da linha, num descontrole nervoso por demais evidente. A história conta-se em breves pinceladas.
Sofia, de 15 anos de idade, tinha feito uma sessão mediúnica para tentar falar com os espíritos, e assim tentar saber notícias do seu primo, há cerca de dois anos desencarnado (falecido) num desastre de moto. Juntou-se mais uns amigos e já não era a primeira vez que o faziam. À volta de uma mesa utilizavam a Brincadeira do Copo, com um abecedário em volta, a palavra sim e não, números de 0 a 9 e invocavam a presença de pessoas já falecidas. Nessa noite, Sofia vira o copo a mexer, (como aliás das outras vezes) e ao perguntarem quem estava presente a resposta fora: "Satanás". Entre outras "revelações" chocantes, acabaram por terminar o jogo.
Ela, Sofia, ficou assustadíssima, não conseguia dormir, pois acreditava que tinha comunicado com o Satanás.
Um dia, na minha escola, quando eu estava tendo aula vaga, eu e meus amigos resolvemos fazer a Brincadeira do Compasso. Aí foi chegando mais gente, e continuamos, até que uma menina perguntou quando que ela iria morrer. Então o compasso girou, e caiu no SIM. Depois, ela perguntou quando? O compasso girou e caiu no 25. Véspera do aniversário dela. E nesse dia tinha um passeio da escola ao teatro. Na volta do teatro, ela passou mal no ônibus, não conseguia nem respirar. Quando o ônibus chegou na escola, a ambulância já estava lá, e ela foi pra UTI. Ela não morreu, mas ficou internada por muito tempo. Depois disso, nunca mais brinquei.
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